Michael Jackson é sepultado com discrição em LA
Depois de mais de dois meses, o corpo do astro foi sepultado na noite da quinta-feira dia 03 no cemitério Forest Lawn, em Grendale, nos arredores de Los Angeles. A família do cantor e amigos próximos compareceram à cerimônia e presenciaram o caixão banhado a ouro ser depositado em um grande mausoléu de concreto.
Nas nove semanas desde a morte de Michael Jackson, no dia 25 de junho, seu corpo ficou no morgue do cemitério e só foi tirado de lá para o evento em sua homenagem mês passado, no Staples Center. Antes da cerimônia, a polícia pediu aos fãs que ficassem em casa para o funeral do astro, já que todos os acessos ao local foram bloqueados.
Curiosos e jornalistas foram mantidos afastados dos cerca de 200 convidados, entre eles a atriz Elizabeth Taylor, o empresário Berry Gordy, fundador da gravadora Motown, o músico Quincy Jones e a ex-esposa de Jackson, Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley.
A família propriamente dita foi a última a chegar, mais de uma hora depois do previsto, em um comboio de 30 limusines. Alguns parentes acenavam para a multidão de mais de 400 pessoas que assistia à distância. Minutos depois, chegou ao cemitério um carro fúnebre escoltado por quatro policiais em motocicletas.
A cerimônia ao ar livre durou cerca de uma hora. O corpo do "rei do pop" foi colocado no túmulo no Terraço sagrado do Grande Mausoléu, construção inspirada no famoso cemitério Camposanto Monumentale, em Pisa, na Itália. O cemitério norte-americano, fundado em 1906, abriga as sepulturas de celebridades como Humphrey Bogart, Nat King Cole e Walt Disney, entre outras estrelas norte-americanas.
O caixão foi carregado por cinco irmãos de Jackson – Jackie, Tito, Jermaine, Marlon e Randy – que já haviam feito o mesmo no velório público, em julho.
De acordo com um porta-voz, os três filhos reconhecidos de Jackson depositaram uma coroa de flores no caixão. Houve discursos do pai dele, Joseph, a quem Michael costumava acusar de ter cometido abusos durante sua infância, e do ativista dos direitos civis Al Sharpton.
Um dos irmãos de Jackson, Marlon, revelou a um jornal britânico antes da despedida que os filhos do cantor, Prince Michael, 12 anos, Paris, 11, e Prince Michael II, 7, jogariam bilhetinhos no túmulo, com os dizeres "Papai, nos te amamos" e "Estamos sentindo sua falta", assim como a luva branca de brilhantes que o astro usava em seus shows.
Durante todo o dia, policiais vasculharam os corredores do cemitério à procura de fãs que pudessem tentar se aproximar da sepultura do cantor e o tráfego aéreo da região foi vigiado pelas autoridades. A segurança, no entanto, não se restringirá à cerimônia: o local será controlado por câmeras de segurança, sensores e ninguém poderá visitar o túmulo do cantor. "É um lugar calmo onde as crianças poderão visitar o pai com privacidade e prestar suas homenagens", declarou Marlon.
A batalha judicial em torno da morte do cantor de 50 anos continua. A polícia dos Estados Unidos acusou Conrad Murray, médico particular de Michael, por homicídio culposo. O artista morreu, no dia 25 de junho, de um ataque cardíaco aparentemente relacionado à ingestão de medicamentos.
Na semana passada, médicos declararam que a morte foi um homicídio, causado por "uma injeção por parte de um terceiro". Investigadores já disseram que a mistura do anestésico propofol e de mais uma combinação de sedativos matou o artista.
No mais recente documento médico, a morte é apontada como causada por "intoxicação aguda com propofol" e que o "efeito da benzodiazepina" também contribuiu para o problema. O documento não menciona Murray. O médico disse aos investigadores que administrou em Michael uma série de sedativos e propofol para ajudá-lo a dormir.
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